Um novo olhar sobre a Quaresma
Mensagem da Priora Geral para a Quaresma de 2018!
“Tanto Deus amou o mundo que lhe deu seu único Filho...” (Jo 3,16)
Quantas quaresmas já vivenciamos em nossa trajetória!?
Neste ano, quero convidá-las a um “novo olhar” sobre este tema litúrgico.
Conforme nossa programação de estudos para este sexênio, sugerido pelo Governo Geral, o tema para 2018 é o “Olhar” (Logo receberemos o subsídio que vai orientar nossa reflexão).
Sendo assim, vamos laçar um “novo olhar” sobre nossa prática quaresmal, vivenciando-a da melhor forma possível, para que nossa conversão aconteça.
Além de todas as atividades que faremos em nossas comunidades-povo, sobre o tema da Campanha da Fraternidade, este ano “Fraternidade e superação da violência”, cujo texto base está riquíssimo, quero sugerir-lhes o seguinte: Cada comunidade se organizar, destacando no evangelho dominical palavras chaves que vão nortear nossa vivência durante aquela semana. Como? Sejamos criativas de forma que envolva cada Irmã e a comunidade toda. O importante é que seja um instrumento que nos leve a uma transformação radical. Por exemplo: o Evangelho da quarta-feira de cinzas, Mt 6, 1-6.16-18, nos fala da prática de justiça, de esmola, de oração no segredo do coração, de jejum. Como vamos viver isto hoje, concretamente? Um deles ou todos. Individual e/ou comunitariamente.
Na sequência dos domingos temos: “A comunidade que adentrou com Jesus o deserto para vencer o adversário (Mc 1,12-15), subiu ao monte para reconhecer sua identidade filial e o apreço amoroso que o Pai lhe devota – transfiguração (Mc 9,2-10). Seguindo os passos do Filho de Deus rumo à Páscoa, somos convidadas a aprofundar a relação com o Deus da Aliança buscando purificar nossa experiência religiosa = Jesus é a expressão maior de obediência e de fidelidade a Deus, maior mesmo que o próprio Templo (Jo 2, 13-25)” (Vida Pastoral nº 320, pág. 38).
Como a Quaresma é um tempo de conversão, supõe transformação de quem se põe a caminho da Páscoa. Sem transformação é impossível a Aliança.
Na cruz, lugar do erguimento do Filho, Deus revela a imensidão do seu amor (Jo 3,16). Jesus é o modelo de aprendizagem da obediência pelo sofrimento, pois mesmo sendo Filho, se deixou guiar pela vontade do Pai: “Se o grão de trigo não morrer, não produzirá fruto” (Jo 12, 20-33)
Ser discípulo de Jesus implica compartilhar com Ele a imensa liberdade de si mesmo, estando disponível para o serviço como expressão de auto-doação que gera frutos de vida (Vida Pastoral nº 320)
Em seguida virá a Semana Santa cuja participação dependerá de como vivenciamos a caminhada quaresmal.
Finalmente, libertadas, celebremos a Ressurreição do Senhor, verdadeiramente ressuscitadas.
É o que desejo para cada uma de nós.
Fraternalmente,
Ir. Cleonice Cardoso